Em BH, paralisação de centrais reúne manifestantes contra medidas do governo
Convocados pelas centrais sindicais, profissionais de diversas categorias fizeram hoje (22) em Belo Horizonte uma paralisação em protesto contra medidas do governo do presidente Michel Temer. Com a bandeira “nenhum direito a menos”, eles se deslocaram até a praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Lá, o ato se converteu em uma audiência pública sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que limita gastos públicos por 20 anos. Os manifestantes também criticaram as propostas de reformas trabalhista e da Previdência.
O ato integrou uma paralisação nacional, organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, Nova Central, Conlutas e Intersindical. Também ajudaram a coordenar as manifestações a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, organizações de movimentos sociais que era contrários ao impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. Uma nova paralisação deve ocorrer no dia 29.
Em BH, participaram dos protestos professores, assistentes sociais, enfermeiros, jornalistas, metalúrgicos, petroleiros e outros trabalhadores tanto da capital mineira como de outros municípios do estado. As primeiras ações da paralisação ocorreram às 5h, quando metalúrgicos e outros funcionários da empresa Stola do Brasil fecharam uma via do Anel Rodoviário.
Os professores se concentraram na Praça Afonso Arinos e outros trabalhadores se encontraram na Praça da Estação e na Praça Sete. Também houve atos localizados em frente a redações de jornais, em frente à sede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e na entrada da prefeitura. No campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), docentes e alunos também protestaram. A reunião de todas as manifestações ocorreu por volta de 13h, na praça da ALMG.
Durante o trajeto até a praça, a Polícia Militar prendeu um manifestante. Segundo a corporação, o motivo da detenção foi resistência e agressão a policiais. A Frente Brasil Popular deu outra versão. Em sua página, o grupo denunciou a ação truculenta dos policiais ao tentar revistar o manifestante e o uso de spray de pimenta e bomba de gás.
Saúde
Também houve paralisação de servidores estaduais da saúde nos hospitais João XXIII, Júlia Kubitscheck e Galba Veloso. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde), além de aderir à pauta nacional, a categoria critica o governo estadual por não cumprir acordos, entre eles a redução da jornada de trabalho da categoria de 40 para 30 horas semanais, a reestruturação da carreira e reposição salarial. Procurada, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais ainda não retornou o contato da reportagem.