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Ministério Público do Paraguai aponta dois suspeitos pela morte da estudante brasileira


Segundo o Ministério Público do Paraguai, as primeiras informações sobre morte da estudante Erika de Lima Corte, que aconteceu na madrugada desta segunda-feira (20), apontam que ela teria encontrado com dois homens na noite de ontem, um por volta das 20h, e outro, das 22h30.


Agora, o MP paraguaio apura se algum deles teria entrado na casa de Erika. Segundo o promotor, Gabriel Segovia, a jovem estava solteira, não tinha um relacionamento, mas segundo a investigação, ela conhecia ambos. O promotor disse ainda que não é possível afirmar se Erika estava envolvida com algum dos suspeitos atualmente.


No país vizinho, quem conduz as investigações é o Ministério Público. Caso o autor seja identificado, é o próprio órgão que oferece denúncia à justiça. Até o momento não há informações sobre os suspeitos, mas o MP solicitou à universidade os nomes dos alunos matriculados no curso de medicina, do primeiro ao terceiro ano.


De acordo com o promotor, a lei do feminicídio foi aprovada parcialmente no Paraguai em dezembro de 2017, e integralmente há poucos meses. O assassinato de Erika, por enquanto, está sendo tratado como homicídio doloso, porque a própria lei estabelece uma série de requisitos para que o crime configure feminicídio, como tempo de convivência e grau de relacionamento.


A polícia trabalha na identificação de um suspeito para, em seguida, avaliar se o crime poderá ser tipificado como feminicídio. No Paraguai, a pena para feminicídio é 10 a 30 anos de reclusão.


Entenda o caso


A estudante brasileira Erika de Lima Corte, de 29 anos, foi morta na madrugada desta segunda-feira (20) em Pedro Juan Caballero no Paraguai, município que faz fronteira com Ponta Porã, MS, a 326km de Campo Grande.


Segundo a perícia, o corpo tinha marcas de 16 perfurações na região do tórax e pescoço, e foi encontrado pela colega que dividia o apartamento com a jovem.


Erika é filha do ex-prefeito de Pontal do Araguaia, Raniel Antônio Corte, e da ex-secretária municipal de Educação, Marleide de Lima Corte. Ela foi servidora do município e trabalhou como enfermeira. O corpo da estudante deve ser levado para a cidade, onde a família mora. Em nota, a prefeitura lamentou a morte da jovem e decretou luto oficial de três dias.


Segundo a prefeitura, o pai de Erika se deslocou até Dourados, município de Mato Grosso do Sul, para realizar os trâmites de traslado do corpo. Ainda não há previsão para o velório e sepultamento.


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